MULHER

ONU e São Tome e Príncipe querem combater violência de gênero

A estratégia das Nações Unidas com as autoridades de São Tomé e Príncipe até 2027 prevê abordar as várias facetas da violência de gênero. 

Na implementação, a organização atua por meio de agências como o Fundo da ONU para a População, Unfpa. Em escolas e clubes juvenis, centenas de alunos  debatem tópicos como sexualidade, igualdade e direitos humanos.   

Potencial de afetar novas gerações

Falando à ONU News, de São Tomé, o representante das Nações Unidas no país, Eric Overvest, disse que a questão da violência de gênero tem relevância para o país pelo potencial de afetar as mais novas gerações.

“A violência de gênero é um problema sério em São Tomé e Príncipe. Segundo dados de 2019, 13% das mulheres dos 15 aos 49 anos de idade foram vítimas de algum tipo de violência: emocional, física ou sexual. Normas sociais negativas e desigualdade de gênero podem perpetuar algumas práticas que afetam muitas crianças e mulheres aqui. Portanto, há importância de uma abordagem integrada de prevenção e resposta.”

Na África Subsaariana, cerca de um terço das mulheres já sofreu com a situação.

© UNICEF/Vincent Tremeau

 

Como em várias partes do mundo, o problema inclui abusos cometidos por parceiros íntimos e a violência sexual. Na África Subsaariana, cerca de um terço das mulheres já sofreu com a situação.

Para o chefe das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, a parceria com a organização prevê atuar para influenciar o ambiente doméstico e expande a outros campos e setores. Entre eles estão instituições que oferecem serviços públicos.

Eficiência na gestão de casos

“As Nações Unidas em São Tomé e Príncipe têm apoiado o governo a implementar uma estratégia holística de luta contra violência doméstica e familiar para mulheres e crianças, com componentes de prevenção de mudança social e comportamento. Tem um componente também de estabelecer um sistema eficiente de gestão multissetorial de casos. O apoio das Nações Unidas concentra-se em quatro áreas: primeiro a coordenação interinstitucional com Polícia, setor de justiça e o Ministério da Educação, além de organizações da sociedade civil. Segundo o apoio à vítima. Terceiro, o reforço das capacidades institucionais.” 

Eric Overvest indica que violência de gênero é um problema sério em São Tomé e Príncipe

 

Além das atividades para melhorar o setor educativo, as iniciativas contra a violência de gênero apoiadas pela comunidade internacional têm na mira acompanhar o problema em nível de informação. 

“Por último, a produção de dados estatísticos de qualidade. Além disso, foram estabelecidas nos últimos anos parcerias importantes com redes dos jovens ministro da Juventude, o Ministério da Educação para intensificar as atividades de sensibilização para os jovens e apoio aos centros de aconselhamento baseados no gênero. O apoio da ONU aqui em São Tomé e Príncipe contra a violência de mulheres e crianças faz parte do novo Quadro de Cooperação 2023-2027 entre o Governo de São Tomé e Príncipe e a ONU.”

O empoderamento de meninas é um dos focos do Ministério da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe. Mais de 16,1 mil estudantes beneficiam da iniciativa que cria manuais, capacita professores do ensino pré-escolar e reabilita sanitários escolares.

FONTE : News.UN

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