Por falta de acordo, parlamentares governistas e da oposição adiaram a reunião da CPMI do 8 de Janeiro que aconteceria na manhã desta terça-feira (22). Governistas querem pôr em votação pedidos de quebra de sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de militares da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). No entanto, enfrentam a resistência da oposição, que aposta na estratégia de convocar diretores da Força Nacional e marcar a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.
Uma nova reunião, com o objetivo de construir um acordo em torno dos requerimentos, está marcada para as 14h, ainda nesta terça-feira.
Na última semana, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), protocolou uma série de requerimentos que alcançam o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da venda ilegal de joias no exterior e o envolvimento do hacker Walter Delgatti Neto na tentativa de fraudar as urnas eletrônicas. O objetivo da relatora é traçar a ligação dos episódios com Jair Bolsonaro.
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No entanto, para pôr os requerimentos em votação, é necessária a construção de acordo com a oposição. Além disso, a pauta das reuniões da CPMI depende da aprovação do presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA).
Há resistência por parte do presidente da CPMI em abrir caminhos no colegiado para investigar o esquema de vendas de joias dadas a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. Ele alega desvio de foco. No entanto, Eliziane afirma que o objetivo não é apurar o esquema em si, mas investigar o fluxo do dinheiro que financiou o 8 de Janeiro.
A relatora diz que o depoimento do hacker Walter Delgatti, na quinta-feira (17), foi importante para direcionar os novos pedidos. Além de mirar diretamente Bolsonaro, Eliziane quer informações sigilosas de todos os envolvidos que teriam participado de uma reunião entre Delgatti e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do suposto esquema para tratar da invasão de urnas eletrônicas antes das eleições de 2022.
noticia por : R7.com