O surgimento de menores que viralizam nas redes sociais falando nos púlpitos das igrejas, como a jovem Vitória Souza, é motivo de preocupação para o pastor e teólogo Renato Vargens, autor de dezenas de livros na temática cristã.
Segundo o autor, crianças não devem ser tratadas como pastoras. O líder da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, Rio de Janeiro, destacou o que considera três motivos principais para a não aceitação desse tipo de tratamento.
“Sinceramente é complicada essa história de crianças e adolescentes pastores e pregadores. Na minha perspectiva isto afronta diretamente o bom censo, a ética, a moral e principalmente a Deus”, diz Vargens.
Basicamente, os três motivos elencados pelo pastor são: 01 – Criança tem que ser criança; 02 – Criança precisa viver como criança; 03 – “O padrão bíblico para ser um pastor é impossível de ser cumprido pelas crianças e pelos adolescentes.”
Fundamentação
Citando passagens como Eclesiastes 3:1-8 e I Timóteo 3:1-7, o pastor explica que a Bíblia aponta que o ministério pastoral é dirigido para o homem adulto, e não menores de idade.
Desse modo, tratar crianças e adolescentes como “pastores” incorre no erro de ignorar o que a Bíblia define como qualificações necessárias para a vida pastoral. Seria, na prática, atribuir um título a quem não têm competência para lidar com as responsabilidades do ofício ministerial.
“Não encontramos um relato sequer nas Escrituras de que crianças e e adolescentes podem ser pastores. Nosso Senhor nem tampouco os apóstolos referendaram essa prática circense adotada por algumas igrejas”, diz Renato Vargens.
O pastor, por fim, deu a entender que por trás da fama de menores “pastores”, estariam adultos atuando de forma exploratória. Ele fez um apelo para que as igrejas tenham consciência desse perigo.
“Não permita que ninguém explore ou use de nossas crianças para benefícios próprios. Nossos meninos e meninas não são artistas, nem tampouco, pastores mirins”, concluiu Vargens no Instagram.
FONTE : Gospel Mais
