A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propôs a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL). O documento pode ser pautado na reunião da comissão que acontece na terça-feira 22.
No requerimento, a senadora afirma que Valdemar teria participado de maneira “pouco republicana” das tratativas com Walter Delgatti, conhecido como hacker da “Vaza Jato”, para elaborar formas de “fraudar as urnas eletrônicas”.
Em depoimento à CPMI na semana passada, Delgatti afirmou que teve encontros com o presidente do PL para tratar do sistema eletrônico de votação.
“Não se pode admitir a utilização de tão importante função para corromper a ordem democrática brasileira, sendo que é dever desta Comissão apurar a veracidade das graves afirmações relatadas a esta CPMI”, argumenta Eliziane.
A quebra de sigilo envolve o registro e a duração das ligações telefônicas feitas e recebidas, além de cópias de conversas de WhatsApp, e-mail e outras informações salvas por Valdemar, entre janeiro de 2022 e agosto de 2023.
Procurada por Oeste, a esquipe do presidente do PL informou que vai se manifestar apenas se o requerimento for aprovado pela CPMI do 8 de Janeiro.
Além de Valdemar, hacker falou sobre Bolsonaro na CPMI
À CPMI, o hacker acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser o “mentor” de um plano para comprovar a fragilidade das urnas eletrônicas. A pedido do ex-presidente, o hacker deveria invadir as urnas para manipular o código-fonte do sistema eletrônico de votação, ou criar o próprio código-fonte em uma urna cedida pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Delgatti ainda disse que Bolsonaro pediu para ele assumir a responsabilidade de um grampo que teria sido colocado no ministro Alexandre de Moraes, do STF.
noticia por : R7.com