DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso – (Aprosoja/MT), se manifestou nesta sexta-feira (18), contra um “cultivo excepcional” de soja no estado de Mato Grosso concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
De acordo com nota encaminhada à imprensa e assinado pelo presidente da Aprosoja/MT, Fernando Cadore, a medida tomada pelo Mapa coloca em risco a principal cultura agropecuária do Estado.
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“É com surpresa e afrontamento aos seus mais de 8 mil associados que a Aprosoja/MT recebeu a informação do ofício nº 186/2023/DSV/SDA/MAPA. Isto porque, independentemente das recentes discussões acerca do calendário do plantio da soja no estado, para esta Associação e seus associados, o período do vazio sanitário da soja de 90 dias, sempre foi sagrado, e considerado medida mais eficaz contra a proliferação da ferrugem asiática nas lavouras de soja no Estado”, diz trecho de nota.
No pedido feito pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), não seria respeitado o período de vazio sanitário previsto no calendário de semeadura. Com a autorização, o novo plantio está previsto para o dia 01 de setembro deste ano.
Diante do risco de praga nas próximas safras, a Aprosoja questionou o Mapa se existem estudos que embasaram a decisão e se também, por acaso, a Embrapa foi consultada.
“Pergunta-se, para esse plantio excepcional de soja, solicitado pela Ampa, o qual invade o período de vazio sanitário já estabelecido pelo estado de Mato Grosso, foi realizada pesquisa científica que o embase? A Embrapa foi consultada? Os riscos de proliferação da ferrugem asiática ante tal medida foram mensurados?”, questionou.
“Assim sendo, a Aprosoja/MT vem se manifestar veementemente contra a antecipação do plantio da soja no Estado de Mato Grosso para a data de 1º de setembro de 2023, tendo em vista os riscos e ilegalidades acima apontados”, finaliza nota.
FONTE : ReporterMT
