TECNOLOGIA

Galáxia da Andrômeda pode responder os mistérios da energia escura

A solução para um mistério há muito estudado pelos cientistas — a chamada energia escura que compõe mais de dois terços do universo — pode estar mais perto do que imaginávamos. Em um artigo publicado neste mês na revista The Astrophysical Journal Letters, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu como detectar e medir energia escura, estudando a massa e o movimento de nossa vizinha galáctica Andrômeda.

“A energia escura é um nome geral para uma família de modelos que você pode adicionar à teoria da gravidade de Einstein”, explica em um release o primeiro autor do artigo, professor David Benisty, do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica de Cambridge.

A versão simplificada disso — a constante cosmológica criada por Einstein — define a força como “uma densidade de energia constante que empurra as galáxias para longe umas das outras”. Nesse sentido, Andrômeda é a única galáxia que não se enquadra nesse modelo, pois, em vez de se afastar, está em rota de colisão (em câmera lentíssima) com a nossa Via Láctea.

Como funciona o novo método de detectar energia escura?

A energia escura jamais foi diretamente detectada no universo.A energia escura jamais foi diretamente detectada no universo.Fonte:  GettyImages 

Desde que foi adicionada por Einstein às suas equações de campo da relatividade geral, na década de 1930, a constante cosmológica foi fixada em zero até que, no final dos anos 1990, os cientistas descobriram uma força estranha — chamada de energia escura — para justificar a aceleração da expansão do universo. 

Só que o termo traz consigo duas limitações importantíssimas: primeiramente, ninguém sabe o que é exatamente a energia escura e, em segundo lugar, ninguém foi capaz de detectá-la. Mas, no novo trabalho, os autores descobriram que, estudando a forma como Andrômeda e Via Láctea se aproximam devida à sua massa coletiva, eles poderiam “colocar um limite superior no valor da constante cosmológica”, diz o comunicado à imprensa.

Esse limite superior que eles encontraram é cinco vezes maior do que o valor da constante cosmológica que pode ser detectada no início do universo.

Como detectar a energia escura na prática?

Os pesquisadores usarão dados do Telescópio James Webb para calibrar seus dados.Os pesquisadores usarão dados do Telescópio James Webb para calibrar seus dados.Fonte:  Getty Images 

Para Benisty, o modelo proposto por ele e seus colegas se baseia no fato de a energia escura afetar cada par de galáxias, ou seja, a gravidade quer aproximá-las, mas a energia escura as separa. Na prática, quando eles elevam o valor da constante cosmológica — com base na massa das galáxias — eles conseguem simular como isso pode mudar as suas órbitas.

E, embora a nova técnica possa se mostrar muito útil, ela ainda não é uma detecção direta da energia escura, reconhecem os autores. Mas, para aprimorar o modelo, usarão os dados do Telescópio James Webb (JWST) em medições mais precisas das massas.

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noticia por : R7.com

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