POLÍCIA

Coronel Mendes: Assassino foi do meu batalhão e nunca apresentou problemas psiquiátricos

DAFFINY DELGADO

DO REPÓRTER MT

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Alexandre Mendes, afirmou na manhã desta terça-feira (15) que o ex-PM Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, preso pelo assassinado da advogada Cristiane Fonseca Castrillon Tirloni, de 48 anos, atuou em seu batalhão há 10 anos e que nunca havia apresentado problemas psiquiátricos, como alega agora para justificar o assassinato.

“Quando ele estava em atividade, trabalhando na Polícia Militar, trabalhou no meu batalhão, quando ele foi preso, eu era comandante do batalhão (…). O PM Almir, 10 anos atrás, nunca apresentou nenhum tipo de problema de saúde”, declarou.

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Foi durante o trabalho no batalhão comandando por Coronel Mendes que Almir foi preso, apontado como chefe de uma quadrilha que realizou vários roubos a postos de gasolina e residências em Cuiabá. Para escapar de punição na Justiça, conseguiu um laudo de esquizofrenia. No entanto, mesmo inimputável para o judiciário, em 2015 Almir foi expulso da Polícia Militar pelos crimes.

De acordo com o comandante, muitos criminosos têm utilizado a estratégia de alegar “problemas mentais” para escapar da condenação por seus atos. Para ele, no caso de Almir não foi diferente.

“É uma linha de defesa do acusado. Ele praticou um assalto num posto de gasolina, a Polícia Militar não foi conivente, a Polícia Militar foi lá e prendeu ele em flagrante. Ele ficou preso e à disposição da Justiça, depois foi excluído da PM e obviamente ele tentou vários recursos junto ao poder judiciário alegando problemas mentais”, disse.

“Obviamente é um problema que tem que ser resolvido, porque muita gente depois comete crimes e começam alegar aí problemas psiquiátricos. Então, não é um caso que é da Polícia Militar, mas é um problema que ocorre na esfera da Justiça”, emendou.

Cristiane Castrillon foi assassinada no domingo (13), por meio de asfixia e espancamento na casa do criminoso, localizada no bairro Santa Amália, em Cuiabá. O corpo dela, no entanto, foi encontrado dentro do próprio veículo, que foi abandonado pelo bandido no Parque das Águas.

Há dois meses, Almir, que em 2014 foi interditado judicialmente por ter atestado alegando esquizofrenia, foi posto em liberdade pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por falta de vaga no hospital psiquiátrico Adauto Botelho.

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Mendes classificou como absurda a soltura do criminoso e enfatizou que a população tem que cobrar do Congresso Nacional a criação de leis mais severas para crimes no Brasil.  

“Eu não entendo porque ele estava solto. É o que eu critico constantemente: não é problema da Justiça, é porque a legislação penal processual permitiu. Nós temos que cobrar dos nossos legisladores penas mais duras para que essas pessoas não possam ficar respondendo ai em liberdade alegando problemas mentais”, finalizou.

FONTE : ReporterMT

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