Crise e violência
A morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio, assassinado na última quarta-feira (9), jogou holofotes na crise política e social do Equador. O país, que já foi um dos mais seguros do continente, viveu uma escalada de violência durante governos de direita.
As mortes de Villavicencio e de Briones não foram casos isolados de ataques a políticos. Há poucas semanas foi assassinado o prefeito da cidade de Manta, que tem o segundo maior porto do país. Houve, ainda, um atentado contra a vida de outro prefeito, do município de Duran. As taxas de mortes violentas no Equador dispararam nos últimos anos, saltando de 5,6 para 25 a cada 100 mil habitantes, entre 2017 e 2023.
Analistas apontam que os motivos são variados, mas convergem no aumento da atuação das gangues e do narcotráfico, com a associação de grupos locais com traficantes do México, Colômbia e dos Balcãs. As prisões seriam locais férteis para o recrutamento de membros destes grupos, entre os quais se destacam Los Choneros, Los Tigrones e Los Lobos – grupo que teria assumido a sutoria da morte de Villavicencio.
A ONU diz que em 2022 o Equador se tornou o terceiro país com a maior quantidade de cocaína apreendida do mundo, atrás de EUA e Colômbia.
noticia por : UOL