POLÍTICA

Ex-ministro critica operação da PF, e Flávio Dino reage: ‘Indícios de crimes devem ser investigados’


O ministro da Justiça, Flávio Dino, rebateu críticas feitas pelo ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto sobre operação da Polícia Federal (PF) contra o general Mauro Lourena Cid. O general é pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e foi alvo de uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira (11). Ele é suspeito dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente de governos estrangeiros.



Em uma rede social, Pazzianotto disse que “Flávio Dino comete grave erro estratégico ao determinar a invasão da residência de um general quatro estrelas por agentes da Polícia Federal”. E continuou: “A violência desnecessária atinge oficiais da ativa e da reserva. O comandante do Exército foi ouvido e concordou?”, questionou o ex-ministro. Pazzianotto foi ministro do Trabalho entre 1985 e 1988, durante o governo de José Sarney.


Em resposta, Flávio Dino afirmou que não houve “invasão” da casa do general. “Eminente ministro, em respeito à sua história, esclareço que não houve ‘invasão’. A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Poder Judiciário, nos termos da Constituição e do Código de Processo Penal”, respondeu.



O general foi alvo da operação da PF que investiga a utilização da “estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.



Além da proximidade com a família do ex-presidente, Lourena Cid ocupou importantes cargos no Exército brasileiro antes de ser transferido para a reserva, em 2019. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que chegou à CPMI do 8 de Janeiro informa que o general e a esposa — pais do tenente-coronel Mauro Cid — movimentaram cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas em um período de 15 meses.


Durante a investigação, a Polícia Federal identificou o rosto do general no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Além do pai de Mauro Cid, estão entre os alvos da operação o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.

noticia por : R7.com

Facebook
WhatsApp
Email
Print
Visitas: 85 Hoje: 6 Total: 7296641

COMENTÁRIOS

Todos os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não representam a opinião deste site.