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Líder arrisca a vida para levar Jesus em comunidades remotas na Ásia Central

In this July 29, 2015 photo, lay leader Tu Shouzhe stands on his Protestant church's roof hours after Chinese government workers came and cut down the building's cross, at right, in Muyang Village in Pingyang County in eastern China's Zhejiang Province. A massive government campaign is underway in Zhejiang, where authorities are believed to be under a two-month deadline to remove crosses from the spires, vaults, roofs and wall arches of the 4,000 or so Protestant and Catholic churches that dot the landscape of the region. (AP Photo/Mark Schiefelbein)

A perseguição religiosa a cristãos não é exclusividade de países do Oriente Médio ou Norte da África. A Ásia Central – região que abriga países como Rússia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão e outros da antiga União Soviética – também apresenta níveis extremos de intolerância religiosa e violência contra cristãos.

Ilmur* é um cristão ex-muçulmano que vive em um desses países e tem um firme propósito: “Tenho um grande desejo de levar o Evangelho ao meu povo. Eu tenho um enorme desejo por isso!”.

Ele costumava ser, em suas próprias palavras, “um cara muito ruim”, mas Deus mudou sua vida, e agora ele é evangelista de Deus e lidera uma igreja doméstica com sua esposa, Gulya*.

Como se isso não bastasse, Ilmur também é um empreendedor e tem várias maneiras de sustentar sua família e ministério.

Ele construiu uma sauna em seu quintal e cobra uma pequena taxa aos vizinhos para usá-la. Ele trabalha como carpinteiro, fazendo pequenos concertos para seus vizinhos. E de manhã ele também entrega pão para uma padaria local.

Relacionamentos e evangelismo

A Ásia Central tem tudo a ver com relacionamentos, e a maneira de Ilmur de compartilhar o evangelho reflete isso.

Várias vezes por ano, ele viaja com sua esposa Gulya (e às vezes seus filhos) para vilarejos pobres e remotos. Ele constrói relacionamentos com as pessoas e as ajuda com suas necessidades. Ele coleta doações de roupas, calçados, medicamentos e alimentos para dar às pessoas que ele quer visitar e recebe apoio do Portas Abertas para cobrir seus custos de viagem.

O alvo é sempre aldeias distantes e necessitadas do país. Como a hospitalidade é algo muito importante entre os uigures, em cada visita sempre há uma refeição. Ele os escuta, entrega os mantimentos e sempre ora, com os que aceitam a oração.

“Começamos com a amizade e só depois de um tempo começamos a compartilhar o Evangelho. Devemos ter muito cuidado com isso. Não é apenas perigoso para nós, mas também para a família que nos hospeda”, conta o evangelista.

O povo uigur é de tradição islâmica e vive primariamente em Xinjang, região da China, mas há também comunidades espalhadas em várias regiões e países da Ásia Central.

O líder explica que sempre que visita um vilarejo, é notado como um forasteiro na vila. As pessoas começam a observá-lo, perguntando: De onde ele é? Quem ele visitará? “É por isso que precisamos ter muito cuidado com o que fazemos e como fazemos”, explica.

Apesar de ser cuidadoso, Ilmur não teme a perseguição. “Se você é perseguido, alegre-se! Deus vai cuidar de tudo. A perseguição nos fortalecerá, não devemos fugir dela”, afirma.

A igreja doméstica na casa de Ilmur é um pequeno, mas comprometido grupo de cristãos ex-muçulmanos que se reúne semanalmente para um tempo de comunhão, adoração, estudo bíblico e oração.

O grupo, e o testemunho de vida de Ilmur, já tem gerado frutos. A dona da padaria para qual ele trabalha, Danila*, se converteu a Jesus há alguns meses.

Ela procurava há muito tempo, mas encontrou Jesus quando conheceu Ilmur. Ela compartilhou: “Depois que eu recebi Cristo em minha vida, meu coração está florescendo. Meu coração começou a sentir outra coisa. Vejo que minha vida está mudando. A família dela ainda não sabe que ela é cristã.

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