Respondendo sobre a relação do fenômeno do “elitismo histórico-cultural”, tese defendida em seu livro, com o surgimento de uma extrema-direita de massas, como o bolsonarismo, o especialista afirma que é uma relação ” primária”.
“Todo o substrato que anima a extrema direita, principalmente a extrema direita que tem um caris neofascista, parte do pressuposto que alguns seres humanos são superiores a outros por natureza, e que eles geralmente provêm de uma tradição judaico-cristã perene que está na Bíblia, no velho testamento. De muitas maneiras, o que eu chamo de elitismo histórico-cultural é um ponto nevrálgico para compreender o raciocínio desses formuladores da extrema direita ao redor do mundo”, declarou.
Na análise de Calejon, Bolsonaro “não tem noção disso nesse contexto mais amplo”. Ele era ´só uma pessoa que estava no lugar certo, na hora certa, para levar a proposta da direita neofascista a diante, mas que “não tem a menor consciência da posição que ele ocupou à luz da história”.
noticia por : UOL