POLÍTICA

Zambelli depõe à PF nesta segunda, mas deve ficar em silêncio




A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) depõe nesta segunda-feira (7) à Polícia Federal, em São Paulo. A parlamentar e o hacker Walter Delgatti Neto foram alvo de uma operação policial na última quinta-feira (2), na investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a inserção de informações falsas sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).





A oitiva de Zambelli está marcada para começar às 14h. A expectativa é que a deputada fique em silêncio durante o depoimento. Isso porque, segundo a defesa, os autos do inquérito não chegaram às mãos dos advogados da parlamentar. 


“Embora a deputada queira ser ouvida e prestar todos os esclarecimentos — justamente por não ter cometido ou participado de qualquer ilicitude — sobre os fatos relativos à operação deflagrada nesta semana, por expressa orientação da defesa técnica, não responderá às perguntas até que sejam fornecidas cópias de todo o Inquérito e das cautelares — o que ainda não ocorreu —, justamente para assegurar a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal”, informou Daniel Leon Bialski, advogado de Zambelli, na última sexta-feira (4).





Delgatti foi preso na mesma operação, no interior de São Paulo. Ele ficou conhecido pelo episódio da “Vaza Jato”, por ter invadido telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato e vazado conversas entre integrantes da força-tarefa.


Em depoimento à PF, ele disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. Para isso, ele teria recebido R$ 13 mil, pago por assessores da deputada.


No mesmo dia da operação da Polícia Federal, Zambelli convocou uma coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados. Ela negou que tenha contratado Walter Delgatti para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a ele se referem a serviços que ela contratou para o seu site. Ainda segundo a deputada, os pagamentos referentes ao serviço somam R$ 3 mil, que saíram de contas pessoais. 


A parlamentar também negou qualquer irregularidade que envolva contatos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o hacker. “Estão tentando envolver o presidente em uma história que é minha”, comentou.


Na versão da deputada, no encontro com Bolsonaro, o ex-presidente perguntou se as urnas eletrônicas poderiam ser fraudadas. Delgatti respondeu que nenhum sistema eletrônico é 100% seguro. Mesmo assim, segundo Zambelli, Bolsonaro não deu continuação às tratativas de contratação do hacker.





Zambelli também afirmou que a busca e apreensão em seu gabinete na Câmara foi realizada sem a presença de um advogado e da Polícia Legislativa. Ela afirmou que esse fato “fere o devido processo legal”.

noticia por : R7.com

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