Da Redação – Olhar Direto – Carlos Gustavo Dorileo / Do Local – Max Aguiar
Irritado com as divergências na construção da composição do Democratas para eleição suplementar para o Senado, o senador Jayme Campos fez questão de lembrar que o partido deu aval ao governador Mauro Mendes quando ele decidiu apoiar a candidatura de Carlos Fávaro (PSD), no mês de março. Agora, Jayme cobrou que precisa de apoio para que o ex-governador Júlio Campos tenha a chance de ser 1° suplente na chapa de Nilson Leitão (PSDB).
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Para o senador, a ala ‘maurista’ do partido precisa respeitar o desejo e a biografia de Júlio Campos, que já foi governador, senador e deputado federal, além de ser uma das maiores lideranças do DEM no Brasil.
“Nós liberamos lá atrás o governador para apoiar seja [Otaviano] Pivetta (PDT) ou Carlos Fávaro, e fomos para convenções juntos com o Júlio e o Dilmar. Acho que é um direito do Júlio Campos ser suplente na outra chapa. Ele aceitou de forma muito humilde o convite e o mais importante é que não existe nenhuma proposta do outro candidato, seja qualquer um, oferecendo cargo de suplente para o Júlio”, disse o senador durante entrega de moradias em Várzea Grande nesta sexta-feira (28).
“Eu acho que o Júlio, pela sua trajetória, sua biografia, ele merece o mínimo de consideração e de respeito. É um homem que quando saiu da sua campanha tinha 25% contra o segundo colocado nas pesquisas”, afirmou.
O senador ainda explicou que caso o partido não entre em consenso, os filiados vão ter que decidir a questão por meio de voto na convenção, e garantiu que o projeto de Júlio já conta com o apoio do deputado estadual Dilmar Dal’Bosco e do presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho, que pretende apoiar Otaviano Pivetta (PDT), mas irá votar pela composição com o PSDB.
“Esta já é uma tomada de decisão clara do Jayme, do Júlio, do Dilmar e do Botelho que também apoia este projeto, em que pese o compromisso dele para apoiar outro candidato, mas na convenção ele apoia este direito do Júlio Campos”, declarou.
O DEM, desde a desistência de Júlio de ser candidato ao Senado, por conta da preocupação com sua saúde, em meio a pandemia do novo coronavírus, tem buscado uma alternativa de composição.
O partido acabou encontrando abrigo na chapa de Nilson Leitão, que cedeu o direito de Júlio ficar na 1ª suplência em sua chapa, fato que não agradou o governador Mauro Mendes e o presidente estadual Fábio Garcia.
O governador, que até o mês de março estava apoiando a candidatura de Carlos Fávaro, inclusive com a estrutura do Palácio Paiaguas, para que ele fosse empossado após a saída da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), segue sem se posicionar oficialmente se manterá o apoio a ele, ou se irá apoiar o amigo e vice Otaviano Pivetta.